Lá fora chove,
a água cobre generosamente a terra
já é abril
a temperatura caiu e aqui
a temperatura caiu e aqui
entre pilhas de textos esperando leitura
movem-se rapidamente, a partir da manhã
as estruturas do pensamento que conflitam
atritam, machucam, apertam, constrangem
um corpo que só quer se aninhar.
movem-se rapidamente, a partir da manhã
as estruturas do pensamento que conflitam
atritam, machucam, apertam, constrangem
um corpo que só quer se aninhar.
Lá fora chove,
a luz prateia a goteira e o chão,
o som repetido chega ritmado
e é ecoado pelo meu coração.
Volto ao estado de natureza
que ignora a nova importância
que ignora a nova importância
dada às coisas que ontem não existiam
e então fujo do Benjamin
e então fujo do Benjamin
para reencontrá-lo por uns instantes
e inscrever por dentro esse poema chuva
e inscrever por dentro esse poema chuva
esse poema luz, esse poema ar
que se move em som
e respiração
esse poema salvação no qual
não há ordem nem desordem
nem caos, nem deleite
não há ordem nem desordem
nem caos, nem deleite
apenas eu inscrita em versos
de re-existência.
*sob regime de doutoramento.
3 comentários:
Chove aqui
O pedreiro não veio
O telhado saiu dali
E a chuva
Atrevida
Molha meu piso
A obra parada
A água escorrendo
Estragam meu sorriso.
Lindo o seu Poema luz, primeiro sob doutoramento. Que essa luz sempre venha, principalmente nos momentos de apagamento. 😘
Salve a Bela Musa, pós-helênica, pós-titulações, devir-indigena que suponho, chovendo sobre vc! Que chova sobre todxs NÓS!!!
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