a semente palavra
contra pedra
é luta brotada
na bruta brita
e se espalha frágil
aí vem a bota e pisa
aí vem a rasteira:
"tira a camisa
abaixa a bandeira!"
no fim
resta o vazio
no que foi promessa de jardim.
"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.
sábado, 22 de junho de 2013
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Paz na rua
Ah, a rua. Esse lugar mágico
quando fugimos de casa
esse espaço trágico
onde moram os esquecidos
bem ali onde habitam viciados
cães e crianças abandonados
onde o filho da classe média
faz racha com o carro do pai
ali onde se anda de skate
trabalha a meretriz
e o bêbado cai
lugar de ser feliz
onde se trai engana e mente
a rua onde se unem
pacificamente
culpados e inocentes
é na rua cheia
que os zumbis passeiam em pilhéria
gritando contra o indefensável
e dizendo coisas óbvias
que somente a cegueira
dos que sempre tiveram tudo
esconde.
" - sem violência!"
nesse sistema
que garante que para muitos tudo falte
enquanto para outros abonde?
me digam,
"Sem violência"
aonde?
quarta-feira, 19 de junho de 2013
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Visitada
era escura a noite densa
seu calor tocou-me a nuca
arranhando-me a alma.
feito nascituro que ainda não pensa
menino que ninguém educa
entreguei-me ao cio com calma.
era noite densa e escura alma
quente e calma me tocou intensa
com caninos brancos reluzindo à lua
quieta
vampirizada, entregue e nua
nunca minh'alma foi tão completa.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Ensinando
Ele tem uma inquietante
e delicada dureza sob a pele alva
suas verdades tão firmes
quanto provisórias
cintilam nos olhos que engolem palavras
é o desejo de saber
que me denuncia o homem enorme
que ali pode se formar
por enquanto, solo fértil e bruto
quanto amor será necessário
para que esse broto faça flor e fruto?
pouco me importa:
estou disposta a dar.
Assinar:
Postagens (Atom)