Nos dias em que você se ia
fazia calor e eu morria
de trabalhar de me preocupar
de correr e corroer
de dor ao ver você doer
você voltou, votou, fez o que quis
eu sei que foi assim e foi feliz
ainda que a despedida me tenha deixado
esse gosto de um tudo inacabado...
sempre assim, em setembro/outubro -
sinto reabrir a ferida
a memória dolorida e os olhos rubros.
certa de que fizemos o melhor de nós dois
busco superar a sombra
de sobrar sozinha
para ver o que vem depois.
"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.
domingo, 30 de setembro de 2012
sábado, 29 de setembro de 2012
Poema para Roberto
quando o ar lhe falta
e a dor lhe farta
quando a cama branca
e o incerto futuro
nos estapeiam e assustam
reafirma-se em mim a certeza
das horas sorridentes
e a natureza
das escritas carícias
e das carícias proscritas
que nossos olhos decifram
meu Roberto, meu poeta
esse poema
sobre o amor dos nossos zói
é uma carta pra dizer
que tua dor também me dói.
e a dor lhe farta
quando a cama branca
e o incerto futuro
nos estapeiam e assustam
reafirma-se em mim a certeza
das horas sorridentes
e a natureza
das escritas carícias
e das carícias proscritas
que nossos olhos decifram
meu Roberto, meu poeta
esse poema
sobre o amor dos nossos zói
é uma carta pra dizer
que tua dor também me dói.
domingo, 23 de setembro de 2012
Olhos do cão
Quando assim
amanhece o cão
em mim
não adianta, nem vem,
por favor
'Seu' amor.
Nem vem
porque eu fico apática
não suporto seu rabo que balança.
'Seu' amor, não insista
meu olho de cão não vê graça em criança
nem em balanço de praça
nem em joguinho com pista...
Eu fico prática
e com esses olhos do cão
eu choro mas vejo
que tudo parece lampejo vago
e ilusão de ótica.
amanhece o cão
em mim
não adianta, nem vem,
por favor
'Seu' amor.
Nem vem
porque eu fico apática
não suporto seu rabo que balança.
'Seu' amor, não insista
meu olho de cão não vê graça em criança
nem em balanço de praça
nem em joguinho com pista...
Eu fico prática
e com esses olhos do cão
eu choro mas vejo
que tudo parece lampejo vago
e ilusão de ótica.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
nossa terça
então que há esse vento
nos acariciando a pele por dentro
e o provocado arrepio
há o som dessas cordas
invadindo-nos feito hordas
de um povo selvagem e frio
há o olor dessa fumaça
meu corpo que o teu abraça
paz, encanto, gesto, cio.
nos acariciando a pele por dentro
e o provocado arrepio
há o som dessas cordas
invadindo-nos feito hordas
de um povo selvagem e frio
há o olor dessa fumaça
meu corpo que o teu abraça
paz, encanto, gesto, cio.
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