quando o ar lhe falta
e a dor lhe farta
quando a cama branca
e o incerto futuro
nos estapeiam e assustam
reafirma-se em mim a certeza
das horas sorridentes
e a natureza
das escritas carícias
e das carícias proscritas
que nossos olhos decifram
meu Roberto, meu poeta
esse poema
sobre o amor dos nossos zói
é uma carta pra dizer
que tua dor também me dói.
"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.
Um comentário:
POEMA MEU TRADUZIDO DO INGLÊS
O destino é meu amigo
E viajamos juntos
Ele e eu
Pelos descaminhos e picadas
Deste mundo inexplorado
Cada ser que ele seduz
E desnuda
Se torna parte daquele velho poema
Do John Done que servia de epígrafe
Praquele verde vale
E pra vida da gente em diante
Ele limpa minhas sandálias de couro
Da lama dos dias chuvosos
Enquanto me conta causos
Do passado de que já nem me lembrava mais
De tanto estar no presente
Não sei direito de qual dos lados da vida
Ele retira forças pra atravessar os desertos
Que enfrentamos juntos
E para beber às estrelas e aos olhos
Da mulher que amo e que não está comigo
Nas horas em que a ausência do gosto dela
Me revela o quanto sou incompleto e fraco
Como consegue me acompanhar
quando praguejo e chuto pedras
querendo voltar sobre meus passos
ou simplesmente deitar e morrer
olhando o horizonte que arde
O destino é meu amigo
E se eu não tiver forças
Sei que ele vai me levar
Consigo nem que seja nas costas
Vai me tirar deste deserto
E graças a ele vou beber de novo
Da fonte que ela tem no corpo
Porque é dali que emana a vida
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Ei, Eli, obrigado pelo poema!!1 Tá realmente lindo!! Seu carinho e sua amizade sempre me dão muita força... Fiz esse como uma quase resposta, embora ele não funcione como uma resposta em si, ainda assim, ele foi feito pensando em tudo o que aconteceu, na(s) pessoa(s) que amo e no seu poema. Um grande beijo em vc!!!
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