"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



domingo, 16 de novembro de 2014

Provocada

Me senti no limite de
Uma dúvida imensa:
Seria um convite?
A esperança intensa...

Tensa, à noite arde uma cama vazia
Numa serenata que não se ouvia
aquecido, o peito é lembrança lenta
de um beijo morno em manhã raiada.

Aquecida a vida
Se espreguiça e chora
seria um convite ou não seria nada?
Dolorida lembro do que foi outrora
Temerosa espero,
O que virá agora?

Sinto que de dentro
Nunca me saíste
Sinto meu limite
Se desrefazendo
E antes de deixar que me nasça um palpite
Ensaio esse riso que brota doendo

Na pergunta cega: seria um convite?

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Boneca que é gente*

te redeclaras
e em cada poro
se me escancara
um vulcão:

esse desejo de impor beijo e riso
a cada cara na rua...

dançando ladeira abaixo,
num sentimento preciso
de ser história e memória
faço-me parte do povo...

(seu amor redeclarado
tem cheiro de livro novo.)

*Para Talitha, minha Tatá.