"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



segunda-feira, 12 de março de 2012

Recomeço

o tempo me roça
e meu coração tem pressa
de viver a promessa
essa ameaça
para o olhar que se embaça
para a alegria escassa
diante da vidraça...

quero tudo o que mais refaça
o prazer e a graça que há nessa presença
o enlace de nossas conversas...
isso tudo, a prosa mansa
que a vida amacia
o jeito criança que de mim faz troça
e esse corpo teu, que doce
me abraça.

6 comentários:

Helayne Braga disse...

Dom é algo que não te falta. Melhor que ler é saber que vieram de você. Parabéns! Amei, simples assim.

Anônimo disse...

Simplesmente lindo!

Anônimo disse...

É essa capacidade de transmitir o que sente que te falei. Poesia pura!

Vicente Ricarte

Ágda Santos disse...

Será que se eu te abraçar consigo pegar um tico dessa tua graça em fazer da vida poesia?

Lindo, Eli. E é bem o que desejo.

Isabella Coutinho disse...

cada nexo
refletido no
espelho
se côncavo
ou convexo
é o reflete
o avesso
o lado bom
-não nego
de cada queda
é o recomeço

Ricardo disse...

Essa poesia está muito boa... Você é sensacional!