"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



sábado, 5 de novembro de 2011

Meninas musas*

I

É doce que não me enjoa
o beijo dessa mandona
pois de tanto se doa
de mim já se fez a dona...
não exige, nem despreza
chega, invade e está feito:
quando vi era posseira
a ocupar o meu peito.
Tudo que há em mim se alegra
ao som da voz da menina
que de alegria e prazer
é a mais explosiva mina.

Quando estou para implodir
e penso que é o fim
em sua pele de marfim
meu veneno ela destila:
o que seria de mim
sem o amor de Narrila?

II
Há ali um ar blasé
de quem já me conhece,
de quem já me prevê.
Naqueles lábios,
entreabertos,
céus e desertos
espreitam incautos...
Eu me rendo
entre rendas e saltos
deliro, tremo e morro
pra renascer e novamente
em seu oásis pedir socorro.

quando a vê,
todo meu corpo se agrada:
amor, você,
minha Adahra...

III

vi
em seus olhos negros
vinhas e viagens
verdadeiras vertigens
vândalos em Roma
veias estouradas

vi
e o que vi
não se engane
tira-me a paz
não vejo nada mais
que Viviane.

* Alegrias minhas, entre nós atadas: Narrila, Adahra e Viviane. Amor. Nós.

6 comentários:

rodrigo mebs disse...

gostei muito do que li aqui.
vou me debruçar sobre este blog
como fosse um caixa de bombom
as palavras fossem chocolatinhos que se aprecia devagar para sentir melhor o sabor. abraço!

Narrila disse...

Me emociono do mesmo jeito a cada vez que leio! <3

Plácido Fernandes disse...

Amo essas mulheres!

Cora disse...

ai, que lindo! Melhor presente que vc pode dar a alguém é fazendo uma poesia!
beijo, querida

Elimacuxi disse...

Valeu Rodrigo! Venha mesmo!

Narrila... ;)

Plácido, nós também te amamos, bendito fruto...

E eu tenho uma musa que me faz corar,
mas anda tão longe... dá para medir a saudade que sinto?

Matheus Dantas disse...

Batatinha quando nasce se espalha a rama pelo chão. Quando a Eli faz uma poesia, faz doer o coração (: