"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



domingo, 27 de novembro de 2011

Há quem confunda a dor que é dor
com a dor cantada
e há quem não suporte o retrado da dor
que observo e pinto...

Mas a questão pela qual não busco o esturpor
nem me faço anestesiada
é singela e cheia de egoísmo:

há visão tão bela
quanto a de um abismo?


Se a flor da beira me rende lirismo,
me rende perfume
e me rende sentido pra vida e o ciúme
buscar essa flor é ser suicida?

Não me assusta sofrer,
romper o coração,
não me assusta cair,
me desespera
é perder a hora e não desejar a beleza mais rara
só por estar presa
ao medo da tristeza
ou à obrigação de sorrir.

4 comentários:

Anônimo disse...

buscar essa flor é ser suicida?
É.

Mas ser suicida não implica em morrer, assim como desistir da morte não implica em viver...

Tenso, né?

August disse...

é vero...
Não há explicação para a busca do amor. Quando vemos, à ele estamos presos diante de sua imensa liberdade.

Anônimo disse...

Ou a gente se arrisca à dor, ou morre na incerteza do que poderia ter sido.

Elimacuxi disse...

resumindo: sempre há morangos que valem o abismo!