Volto à cidade velha.
Boca fétida da floresta.
Banguela boca que me sorri à espera
bafejando fumaça das queimadas e carros.
Volto para mirá-la melhor
Hipnotizada como a fera pelo caçador.
Ela me caça.
Manaus querida e praguejada:
flor de horror, sob o sol forjada
corpo sujo que me abraça
meu doce amor e desgraça.
"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.
6 comentários:
é o fedor da belle époque...
Não vamos esquecer do centro
Com seu calor que dilata
As pessoas cospem no chão
E eu contei 18 baratas.
nadavê... ;)
Vem pétala, alva e rediviva, na seiva do vento e raios de sol, a floresta te espera. Fria e saudosa te aguarda e deseja, o hálito de folhas podres e frutos azedos te querem para devorar, todo o caos de loucura de um verde mórbido enegrecido de betume e diesel queimando. Te aguada enfileirados exercito de muras, mortificados, tapuios nas praças empalados, povo que virou sementes pedras e ergueu cidade maldita, ferida aberta ao sol na carne vigem da mata, esta “malnaus” que sagra e apodrece... amada.
editada II
Vem pétala, alva e rediviva, na seiva do vento e raios de sol, a floresta te espera. Fria e saudosa te aguarda e deseja, o hálito de folhas podres e frutos azedos te querem para devorar, todo o caos de loucura de um verde mórbido enegrecido de betume e diesel queimando. Aguarda Te enfileirados exércitos de muras, mortificados, tapuios nas praças empalados, povo que virou sementes pedras e ergueu cidade maldita, ferida aberta ao sol na carne vigem da mata, esta “malnaus” que sangra e apodrece... Amada.
oi eli, sou clériston... al-náo sei la o que sou eu, e o tapuio tambem...
adorei a figura de malnaus como uma ferida aberta na mata.
e realmente essa ferida atrai de tudo, sobretudo baratas!
o fedor da belle époque de fato,
um doce apodrecido junto a um morto rato.
e adoramos tudo, prostrados diante da deusa morta!
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