sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Em Manaus

Volto à cidade velha.
Boca fétida da floresta.
Banguela boca que me sorri à espera
bafejando fumaça das queimadas e carros.


Volto para mirá-la melhor
Hipnotizada como a fera pelo caçador.
Ela me caça.

Manaus querida e praguejada:
flor de horror, sob o sol forjada
corpo sujo que me abraça
meu doce amor e desgraça.

6 comentários:

  1. Não vamos esquecer do centro
    Com seu calor que dilata
    As pessoas cospem no chão
    E eu contei 18 baratas.

    nadavê... ;)

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  2. Vem pétala, alva e rediviva, na seiva do vento e raios de sol, a floresta te espera. Fria e saudosa te aguarda e deseja, o hálito de folhas podres e frutos azedos te querem para devorar, todo o caos de loucura de um verde mórbido enegrecido de betume e diesel queimando. Te aguada enfileirados exercito de muras, mortificados, tapuios nas praças empalados, povo que virou sementes pedras e ergueu cidade maldita, ferida aberta ao sol na carne vigem da mata, esta “malnaus” que sagra e apodrece... amada.

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  3. editada II
    Vem pétala, alva e rediviva, na seiva do vento e raios de sol, a floresta te espera. Fria e saudosa te aguarda e deseja, o hálito de folhas podres e frutos azedos te querem para devorar, todo o caos de loucura de um verde mórbido enegrecido de betume e diesel queimando. Aguarda Te enfileirados exércitos de muras, mortificados, tapuios nas praças empalados, povo que virou sementes pedras e ergueu cidade maldita, ferida aberta ao sol na carne vigem da mata, esta “malnaus” que sangra e apodrece... Amada.

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  4. oi eli, sou clériston... al-náo sei la o que sou eu, e o tapuio tambem...

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  5. adorei a figura de malnaus como uma ferida aberta na mata.
    e realmente essa ferida atrai de tudo, sobretudo baratas!
    o fedor da belle époque de fato,
    um doce apodrecido junto a um morto rato.
    e adoramos tudo, prostrados diante da deusa morta!

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