"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



segunda-feira, 3 de abril de 2017

Para o poeta com um beijo.

imagem disponível em

é vento que te passeia por dentro
e escapa devagar por entre os dentes
úmido de saliva
ah, a poesia...
proferida em silêncio no respirar do poeta
é um cometa que se acende no ar...

gosto sobretudo do cheiro dela
e é isso que me impele, continuamente a tocar
suave e incerta, com meus lábios
os lábios doces
de quem a faz vibrar.

Um comentário:

Vitor de Araújo disse...

é vento que te passeia pelo nariz
tua intimidade com o cheiro doce
(porque também se cria em ti)
diz pelo cheiro eu quero
eu quero poesia!
e selas teu absurdo querer
com a maciez de um toque tímido

respiras a poesia do outro
porque a tua já não te cabe e foge
dois ventos coloridos se encontram
além dos lábios de carne
e, sabendo que criam arte, despontam
poesia iterativa e forte.