"nas manhãs de domingo, vejo flores em você"
lânguida
lambi a noite
jardinei-me em promessas
e tu me ouvias
mergulhada no rio da memória
desses dezesseis anos
e quinze dias
é culto de muitas horas
te adoro
me adoras
a pele e os lábios
precisos e em prece
destroem os cansaços
e tropeçamos nos braços
que a vida oferece
do outro lado da cortina
o dia raia impassível
e eu de bruços recebo
as lições e os laços
a conceber:
o presente é canoa
que por ora conduzimos
querendo reflorescer.
2 comentários:
"Eu não sou água pra me tratares assim, só na hora da sede é que procuras por mim..."������(A fonte secou - Paulinho da Viola)
Aras minha pele
Com promessas e gozo
Pois sabes que no fundo do poço
Eu também sou água
Noutragua noturna navego
Produzindo perplexidade na pele
o calor não cede
Pelejando perto do porto
Por prazeres puros em rede
Por pílulas pretas
E plantas e peixes
de matar a sede.
Postar um comentário