duas pupilas
dilatam-se diante do desejo
deito-me, deixo-me...
duas mãos dadas ao desfrute sem pejo
devagar deslizam,
deveras demoram-se
doces,
débeis,
densas,
dilaceram deliciosamente a deletéria solidão
quando descem-me aos recônditos da cripta.
Eu declaro convicta
que é divina a autofagia.
Deem-me denominações descoladas
digam-me doida
pois devoro-me e dedico
deflorada
desvairada
deslumbrada
desmedida
a alma à dupla decolagem:
bela e besta!
Eu deliro:
deusa ambidestra.
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