"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Impossível silêncio

Ah, se em algum canto brilhasse
Aquela estrela acesa
E o olhar congelado entre o caçador e presa
fosse um destino manifesto
pondo um instante suspenso no ar
tão denso e intenso
que se pudesse tocar...

Desatando nós, reinaugurava o colchão
Pintava campos de me perder
Bebia ondas de me afogar
Frágil e sem mágoas, fácil,feliz
embalada na rede da tua voz
simplesmente voltava a te amar.

Pudesse eu, e eu juro
perdia de novo a respiração
botava de novo o coração na boca
deixava a suavidade do alto do muro
me estatelava 
me punha no chão...

Se eu pudesse reinventar
Essa música que soube de cor
Seu eu sentisse com surpresa
Na xícara, o gosto do resto...

Mas na ocasião
esse tresloucado gesto,
eu não posso não.

Um comentário:

Iwakura disse...

Lindo poema! Sou sua fã =B