Amar o amor é meu jeito de sentir a eternidade
Por isso, amiga querida, esqueça a idade
quando eu, velhinha, chorar por amor
e não me lembre que estou démodé...
Minha vida inteira foi essa ilusão
correr e jogar tudo pelo chão
em troca de companhia sincera e desapressada.
Desmanchada em carinho, sexo, beijo, saliva
suor, cansaço, abraço, mão
busco, enquanto viva
um tempo de conforto para o destemperado coração.
Não tem problema,
é esse o tema de minha existência,
serei assim, e mesmo velha,
permanecerei em busca da primeva centelha
capaz de amar e reamar e mais amar
até que os dias pareçam insanos
e no fim
se o amor provocar em mim maiores danos
vou sofrer dores atrozes e fatais
me afogar em ais e ais
até que o tempo passe e apague tudo
que os olhos vertam litros
que lavem a alma e levem a dor.
Eu ficarei, de novo, à cata
de olhos, pensamentos, palavras
mãos e poros ávidos
de novos dias de poesia e gozo.
E morrerei feliz se ainda estiver esperando
com alegria e saudade
a visita do companheiro ideal
quem me dá sentido
e mantém meu pensamento renovado
aquele que sempre foi o verdadeiro
e único amado:
o maior,
o amor.
*poema que escrevi em 2008, para Blenda. Serve hoje ao Roberto Mibielli, por ter cometido seu "Autoajuda".
4 comentários:
Além do amor pelo amor, a memória é uma das suas mais apreciáveis qualidades, mina amiga! Coisinha mais linda do mundo!
Blenda
Mina, não te chamei de mina...era minha!
Lindo poema!
Parabéns.
Bjs
Lucinda Prado
lindo,lindo,maravilhos enfim sem palavras!!!!
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