"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



quarta-feira, 20 de junho de 2012

lógico


Na cheia
meu amor cavalo
me coiceia
causa dor por vontade e por prazer
não pretende negociar
nem aceita retroceder

No estio
meu amor cachorro
é um desafio
não mede esforço nem custo
tudo lhe é válido e lícito
tudo é justo.

Volta e meia
meu amor valente
já gorjeia
levantando a manhã antes do sol
é suave sereia
e rouxinol.

E quando me ataca
o amor de meia pataca
e me cobre com seus enfeites
eu enfim me animalizo:
nado, corro, salto
venço meus limites
zizio alto e abro voo...
por amor, se for preciso
eu me transformo num zoo!

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