Ah, se em algum canto brilhasse
Aquela estrela acesa
E o olhar congelado entre o caçador e presa
fosse um destino manifesto
pondo um instante suspenso no ar
tão denso e intenso
que se pudesse tocar...
Desatando nós, reinaugurava o colchão
Pintava campos de me perder
Bebia ondas de me afogar
Frágil e sem mágoas, fácil,feliz
embalada na rede da tua voz
simplesmente voltava a te amar.
Pudesse eu, e eu juro
perdia de novo a respiração
botava de novo o coração na boca
deixava a suavidade do alto do muro
me estatelava
me punha no chão...
Se eu pudesse reinventar
Essa música que soube de cor
Seu eu sentisse com surpresa
Na xícara, o gosto do resto...
Mas na ocasião
esse tresloucado gesto,
eu não posso não.
Um comentário:
Lindo poema! Sou sua fã =B
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