"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



sexta-feira, 1 de março de 2013

Sem medo

as horas
vão deslizar suaves pela pele
como beijos mornos e sutis
e se abolirá a vertigem dos dias
num desejo pintado a giz

nenhum encanto ou desespero
para se guardar na lama da alma
nem gosto nem gesto nem cisco nem susto
tudo tranquilo, nem pedra, nem ar

imagino assim, isso de não ter corpo
e ainda que não anseie
não temo o estar morto.


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