que me envolvem feito luva
os cabelos que me prendem
feito rede
tem a boca que me lava
feito chuva
e uma pele onde mato
minha sede
meu amor tem gesto exato
e gosto justo
eu o busco
e o seu rosto iluminado
me acalenta
é meu amigo
e meu amado.
por que de amar, eu já sei
sou viciada
meu amor
é certeza de perigo
é a estrada
onde me perco
e me abrigo.
5 comentários:
Não sei se enganas meu olhar
Com esse papo de amor-amigo
Tanta conversa sobre abrigo
Que prefiro não questionar
É muita história de canceriana
Chorando lágrimas de peso
Derramando-se na cama
Dizendo que ama, cheia de desejo
E amanhã o que será?
Esse tal perigo perpétuo e admirável vício
Que te conduzes desde o início
E te fará cansar
A estrada tão maldosa
A tal pele gostosa
Essa vida amorosa
Não irá me substituir
E se hoje estou de lado
Foi por escolha sua
Sei que lembras de lá
Da minha pele.. nua.
manifesto cancerianamente
meu egoísmo
ao amar o amor
e seu abismo
não quero causar engano
nem a mim nem a ninguém:
é ao amor que eu amo
a ele, a mim
e a tudo o que
a nós dois
nos fizer bem
esse amor que é cama e palavra
é lavra do corpo e da boca
dessa, que não quer ser santa
nem louca
nem puta
nem fada
é fruto do espírito livre
que abandona o que não for prazer
e só segue ao lado de quem é capaz
de fazê-la sentir-se amada!
Quero apenas teu olhar de açaí
Mergulhar em ti
Como mergulho de pássaro mergulhão,
Buscando, amor, sorrir...
Bem... te ví
mergulhe em mim
feito ave de rapina
que a presa assombra
feito sombra que afunda
sem sequer se molhar
me tira da cama e me provoca
seja a palavra que me toca
e me faz levitar
veja em mim o topo do monte
onde se esconde o gozo
que te fará melhor
e eu, num verso, apenas direi
que por tudo tu és o amor,
meu rei!
e se amas o amor
o que falar desse sentimento bandido
toma nosso corpo em dor
no calor de um sabor perdido
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