"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



quinta-feira, 23 de junho de 2011

uma conversinha sobre a república populista...

Esse negócio de ser prof de história e poeta, onde a poesia nessa história doida do Brasil? O poema Quadros, que postei nessa semana, me deu a ideia de trabalhar com os caras do período 1946/1960... veja no que deu:

Dutra
Ser ou não ser?
Não ser:
- Comunista de merda
Deve morrer!

Getúlio
Eram vargas impressões
Que o mantinham vivo:
Deu a última cartada:
virou livro.

Café
Despertou cedo para o poder
Teria sido o coração
Que lhe impediu permanecer?

Luz
Tramou no escuro
Mas o aliado que o trouxe
não soube ficar calado:
apagou-se.

Lott
Ignorou o café
Apagou a luz
Para contrapor o golpe
Empossou o inculpe.

Ramos
Nem era domingo
De Ramos
Mas tomou posse
E assim fomos.

JK
Diz que era um doce e dançava bem
Zelava pela esposa e família
Mas no meio do mapa
Escondeu a quadrilha
Rasgou a virgem:
Belém-Brasília.

Quadros
Estúpido e estrábico
espécime rara
equilibrar-se não pôde
caiu foi de cara!

3 comentários:

Francis disse...

Nossa... adorei esse =D hilário... bom demais!

Elimacuxi disse...

valeu Chico!

Hélio Dantas disse...

eli, pensei agora que esse poderia virar um livretinho muito gostoso de "poesia histórica" da república (eu disse isso? =P), que poderia circular bacana entre a alunada... encontrando um bom ilustrador, poderia pegar desde o deodoro até lula, quem sabe?