"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



quinta-feira, 6 de maio de 2010

la llorona


  água salgada não me afoga
               o mar amaro
          escorre gota a gota
em noites de terror não raro.

3 comentários:

Sandálias do Outono disse...

Eli, "o mar amaro" é de um efeito lindo, uma onda que se quebra e se espalha. Amei! Parabéns!

Charles.

Elimacuxi disse...

Charles
Não tinha pensado nisso, sabia?
pensei mesmo no amargor do choro, em intensificar a idéia de amargura contida no ato de chorar um mar...
pois é.

Sandálias do Outono disse...

Pois é, apesar do título apontar um caminho, não pude deixar de ver a beleza da onda-palavra “a-mar-o”. O mar sendo levado pela mão das vogais: “o mar amaro”, amarelo, maravilhoso, pomar de cardumes ancestrais...

Charles