"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



domingo, 22 de novembro de 2020

"Acredite nos seus sonhos"

Jogos Infantis, 1942. Dorothea Tanning*

Quando eu era bem menina

Guardei, em silêncio, um sonho

Não contei a meus pais,

Não contei a meus irmãos

Tomei-o em minhas mãos

E o mantive bem guardado.


Quando resolvi comer

O creme tinha mofado.


* Minha artista preferida do Surrealismo.

4 comentários:

Edgar Borges disse...

hahahaha há muito mais mofo entre o sonho da padaria e o sonho de nossas cabeças do que aquele mofo da nossa vã filosofia.

Vanessa Brandão disse...

Eli, não contive o riso na primeira leitura. Depois fiquei pensando nas camadas de interpretação. Curtinho e impactando.

Verinha Barreto disse...

Hahaha! Lindo poema amiga, compreendo que às vezes faz parte morar um sonho pois nasce outro mais novo e mais importante a ser realizado. Beijos e obrigada por existir em vida e poesia. Amamos você Eli!

Verinha Barreto disse...

Linda poetisa, obrigada por existir em vida e poesia. Amamos você e compreendo que às vezes é necessário morar um sonho para que outros nasçam e se realizem com louvor! Amamos você