"Porque o instante existe e minha alma está completa..."
E eu, que desejara uma pele
de tocar
e uma boca improvável
a me dizer inaudíveis indecências
vi-me sobre o vime
da cadeira de balanço
recostada e só
ponto sem nó
perdida conta
que ninguém busca.
Na boca o ranço
e a tristeza brusca
nem cachaça nem cerveja
carne afogada de quem não deseja...
Eu que fogo fora
a ferro me ferira
não mais surfava as ondas
dessa alma que delira...
esvaziada de tudo que outrora teve sentido
mas contive em mim o gemido
e aos poucos emudeci esse pranto.
E se acaso perguntarem por mim
"como ela anda?"
diga apenas que à tarde,
na varanda,
eu canto.
Um comentário:
oi,gostaria de saber como faço para comprar seu livro, AMOR PARA QUEM ODEIA, pois sou de Manaus e não estou encontrando. Você pode informar onde ele esta disponível para compra? Grata pela atenção.
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