"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



sábado, 5 de março de 2016

domingando
sem cobranças nem amarras
nos demos ao salto
emocionados
cada um com sua mala de motivos

madrugada
e mergulhamos juntos

eram bolhas de ar
os corpos unidos
sob o branco do lençol
lado a lado submergidosprofunda
profundamente entregues

adentramo-nos sem medos
nem expectativas
foi quase prece aquele toque
fazendo-nos presença que aquece
que marca a vida
e torna o outro parte
sem preço.


flutuamos
sem reserva nem temor
e não há porque não admitir
que por todos esses anos
foi e é amor.

3 comentários:

Jonathan Amaral disse...

Combinou com o meu atual momento!

Unknown disse...

Na segunda devo
caminhar em frente
E nunca olhar pra trás
Não pensar no cheiro
Dos lençóis e no gosto
Das histórias que construímos
Fui um ogro um cavalo e até bandido
Você me abduziu medicou
e deu seu líquido
Pra matar minha sede no deserto
Nossos personagens jamais
Sentiram fome de tão famintos
Nem desceram das nuvens
Mesmo com a perda das asas
Então em nome dessa beleza
Amanhã não devo me virar
Ao cruzar com sua estátua de sal
Não posso me sentir tentado
Nem mesmo a dar
Uma última lambidinha

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.