"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



sábado, 25 de janeiro de 2014

Paulistana


Você me assombra ainda
me batuca
confusa musa.

Seu som eterno
de rádio e carro
gente agitada
cimento e barro
grande e diversa
doce e perversa,
tão tensa e terna
és luz e breu:
tão tu, tão eu.

Longe de ti
me sinto mais tua
sutil desconforto
meu mar sem porto...

Fugi de você,
e seu trato cruento
mas você veio, enfim,
comigo e contra mim
pulsando por dentro.







4 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Baobás de cimento
No teu concreto leito
Efeito gris no teu traçado
Meio engraçado
De quem cresceu
Desengonçado da Paulista
Pra lá

Veias italianas injetadas
de nipônicas verdades

saudades dos teus becos
infames dos teus games
tilintando pimball
para o bem ou para o sal
de quem se virou

mas tu cidade sem fim
tens tantas veredas e mim
que isso me transformou

Unknown disse...

ops... *tens tantas veredas em mim

ruth disse...

Sampa pra mim, é o sanduiche de pernil do bar do Estadão (que bão) e o repolho do sujinho, (nosso Oasis) da rua da consolação, na volta do Bexiga, nas madrugadas sem buzão, eu, com os olhos atravessados de tanta pinga com mel ou tortos de se fitarem em demasia nos espelhos do Persona. É também O Avenida, na Av. Ipiranga onde para se dançar bastava picotar o cartão de uma dama. Madame Zen