O velho latira a noite toda
aquela tosse sem fim
ora sim, ora também,
ora sim, ora sim.
Esperou que a luz caísse do céu
com a salvação travestida de outras obrigações.
Antes das cinco,
saltou para o banho.
Silenciosa,
saiu num pulo.
Embarcou para o trabalho no primeiro ônibus urbano
e seguiu adiante
espremida
entre o cansaço e o alívio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário