"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ausente

onde a palavra faca pra cortar o gelo?
onde a palavra ponte cortando o horizonte?
onde a palavra sal, suprimento, esteio?

nem palavra, nem frase, nem verso...

em que universo você anda?
o quê é que a tua verve susta?

me conte...
pois você, silenciosa assim,
me assusta.

3 comentários:

Anônimo disse...

O que queres saber dessa minha vida curta e murcha?

Prometi silêncio e não mais incomodar
Magoaram-me as palavras sobre você sequer lembrar

Pediu que eu assinasse e continuo a me recusar
Que sentido irá fazer eu me revelar

Mas vou prosseguir e te contar da minha vida

Não tenho surpresas e acho que estou bem
Ando meio perdida, mas não estou sem ninguém

Será que vou casar e encontrei a escolhida?
Esta pelo menos nunca temeu viver comigo uma vida

As lágrimas da minha fragilidade sempre caem e me sinto meio só
Mas vou seguindo com a vida, engolindo cada nó

Eu vou sobreviver
Seja sem alguém, sem esta, sem todos, sem você

Elimacuxi disse...

Desculpe, mas era por mim que eu eu procurava.
Ainda que eu sinta
a única ausência verdadeiramente insuportável é a minha
e o único silêncio que me assusta
é o meu.

. disse...

Arroubos, rompantes e delicadezas.
Uma oscilação de ternura e intensidade que comove.