"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



sexta-feira, 6 de agosto de 2010

outros cenários

Beijo morno.
Unido e úmido,
meu corpo lateja
em amazônico desejo.
(...)
Suaves
feito aves,
voam
no céu da boca
as palavras
que não dizes
no ouvido
dessa louca.
(...)
Lampejo de idéia morta:
só saudade que bate à porta.

2 comentários:

Hélio Dantas disse...

acho que isso atormenta os historiadores também... o que não foi dito... o que ficou bamboleando no céu da boca... como dylan dizia: a história me fala de causas e fatos, mas não como as pessoas se sentiam... daí eu penso: não parece que a felicidade é tipo uma borra... um refugo? como aquele orvalho nas folhas dos tajás de manhã cedo no quintal da minha casa de infância... o que havia sobrado da madrugada que não vi enquanto dormia... como um charme latente... uma revivência...

e esse "amazônico"... ah! o que nos custa de explicações!

Elimacuxi disse...

Hélio
uma pessoa próxima a nós me disse certa vez que poesia é um reino de ambiguidade!
Quanto ao termo amazônico, deixo que signifiquem por mim...
seu comentário está doce feito caqui maduro,
e gosto muito disso. Obrigada!