"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



sábado, 20 de dezembro de 2014

Hacker

Busco uma palavra
que te toque a face
mova uns fios de tua franja
e se deposite cega na firmeza dos teus lábios.

Uma palavra vírus que
estando em ti depositada
tome-lhe completamente os sentidos
deixando-lhe em febre que não se aplaca.

Quero uma palavra para lamber-te os cílios
escalavrar o mais profundo do teu desejo
e trazer à flor da neve a fúria guardada...

Busco a palavra que te destrava
para inconsequente, trazer-te ao mundo
em cada gota da tua lava.


5 comentários:

Anônimo disse...

Hmmm, que vírus pervertido. (^_^)

Senti uma tenra sensação de parabenizar o autor do poema acima. Portanto,
- parabéns, ótimo trabalho!

Elimacuxi disse...

Pervertido? Nãããão... safadinho, eu diria.
E que bom que você gostou. Obrigada.

Calina Bispo disse...

Nossaaa, gostei. Instigante. ;)

Devair Fiorotti disse...

brincando com minha amiga kkk

Sou essa palavra abusada
Que possui língua pra derreter sua neve
Que possui dentes pra morder sua orelha

Sou essa palavra bem dita entre seus seios
Entre suas pernas depositada e
quando amanhecer do delírio, acordada
me vou embora e mais nada.

Elimacuxi disse...

não se insinua, vem e faz tua lavra!
corre a língua sobre a pele nua
de palavra
seja o agora,
e em silêncios extremos
até que o tempo se canse
me venera em transe
pra que juntos deliremos.