"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



sábado, 24 de novembro de 2012

Aqui, em Marte

algo não vai bem
e ela vaga
suporta sentenças sem sentido
e sacramenta em sépia
todas as suposições transformadas em memória

debate-se dentro de si
sorrateira
silenciada e só

algo não vai bem
e vagarosa
a vida se converte
ora em morte
ora em arte

Um comentário:

Átila Santos disse...

Adorei! Principalmente:
"algo não vai bem
e vagarosa
a vida se converte
ora em morte
ora em arte"
, por me identificar totalmente com essa ideia de as experiências da vida se transmutarem em Arte - tão bela! -, ainda que paradoxalmente sejam algumas vezes experiências carregadas de um ar de morte.