"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



sábado, 19 de junho de 2010

carta pra tu

A saudade é flor de espinho,
harmonia em desalinho,
e desejo de mais viver.

Também sinto
- sempre sinto -
da boca em boca,
mão em mão,
suavidade de pele,
carinho que me revele,
do que foi
e não foi feito.

- da quenturinha no peito
e um sentido de conforto...

saudade, amor,
só não sente
quem é morto...

2 comentários:

Unknown disse...

na saudade alheia, não se mete a colher... Mas sua manhã gelada me intrigou. Vc está em Sampa?
Seu poema está lindo, embora o tema seja um tanto "batido", neste poema você realiza a saudade na própria pele do que foi e do que não foi feito e isso é muito lindo, mais que uma saudade etérea ou virtual, é vida, é presença. Um beijo em ambos, Mibi

Elimacuxi disse...

Miba
Tens razão, o tema é batido, mas lá meu peito liga pra isso? Eu deveria ter nascido no XVIII, mas qual! O legal é saber que essa minha saudade em específico é vento que venta em ares insuspeitos, uma fuga pro passado que se mantém em aberto... daí a saudade do que não foi feito, que declarada vira um pedido, não?