"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



domingo, 18 de março de 2018

Aviso - ainda que eu ache que você saiba

"Eu sou o cio da tribo e posso até fecundar"*

Quando amo
sem medo ou engano
dou
dou minha casa, meu carro, meus livros
meus sorrisos, meu dinheiro,
meu afeto
meu corpo e seus produtos
por completo
dou a pele, as mucosas, os olhares...
Se quiseres
serão teus os gozos de esquecer o tempo
as unhas e os dentes
a saliva
os pensamentos
e em cada pelo
um apelo da carne viva.

Dou-te cores de cegar
dores de tirar dos trilhos
e quando você me acessar
pulsando o amor em meus sistemas
dou-te filhos, muitos filhos:
os meus e os teus poemas.


*Neuber Uchoa em Cruviana

5 comentários:

Marcelo Camacho disse...

Unknown disse...

Amei. Esse poema me representa Querida Amiga. É muito intenso. Somos intensas. A vida é assim intensa...

Ingrid Esteves disse...

Amei ! O último verso coroou!!!❣️🌟

Klinger Souza disse...

Caracas... O que foi isso?

Elimacuxi disse...

Um filho de um domingo feliz, meu irmão. <3