"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Paixão

Francisco de Goya, Saturno devorando a su hijo (1819-1823)
O que me farta
é o que me falta
aflora
me aflige
fala, frustra
finca, finge, foge
enfeia e difere
me reforça
quando me fere.

O que me define
afina e afere
não me freia
antes me afoita
afoba
afoga
fareja em mim o fim
é festa, fúria, batalha
navalha fixa na pele
meu fino flerte com a falha...
felicidade.

Um comentário:

Unknown disse...

Eli...
Eli macuxi,
Paulista de nascença,
Macuxi de excelência,
Rosto de índia,
Cabeça de ninja...
A raposa é seu lar,
No domingo,
Só quer ir pra lá...
Amor pra quem odeia,
Fogueira para quem a rodeia,
Cachoeira, pedreira, aguaceira...
Mafiosa piedosa,
Atravessa o mundo com um nas costas...
Óculos pra sentir melhor,
Livros pra não esperar o pior...
A tal, imortal, talvez banal..
Evoluída, doída, não quer ser saída...
Descampada como lavrado,
Não tem medo do mato...
Roraima escolhida ou Roraima acolhida?