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espalhando-me empática
pelo terreno do outro
fluo líquida
e por vezes esbarro em gélidas superfícies
solidifico ali
presa à negativa temperatura
rígida
tomo formas belas
mas estou quase sem vida
sinto-me agredida
quando me vejo
pedra e sal
cubo de gelo braços atados
no peito arde um temporal...
é tempo de espera esse
vou ressecando aos poucos,
tomo ar
tomo ar
tomo ar
atinjo lenta a desintegração que me renova
é longo o processo que me leva, leve, de novo
ao movimento
fluido
solto.
me sei líquida de um jeito oposto
essa entrega ao terreno do outro
mas sinto gosto é quando sou contida
sinto gosto é de ser aquecida
gosto quando me sorvem
ou me evaporam
toda fervida.
Um comentário:
Ei Ely! Eu adorei. Gosto muito da sensação "fluida" de não saber bem por onde o seu poema irá me levar qdo me conecto com suas palavras brotadas destas mil almas que habitam um só corpo. Senti a parte "gosto é quando sou contida" como alma e corpo sendo "devorados " ...puro desfrute. Beijokas. 💋
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