"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.



sexta-feira, 15 de maio de 2015

Fênix

Então que viver deve ser mesmo
esse ir-se desesperançando lentamente rumo ao nada
em fiapos.

Eu, que não nado,
não nasci a fórceps
me afobei desde sempre
e sigo assim mesmo
enfaíscada
faço festa nas bordas
farreio com as farpas da vida

francamente
fiando,
afiada.

Afogada em frases refeitas
ora feliz, fatal, fortaleza
ora fúnebre, à falência,
fodida
sigo


até que, por fúria ou febre
fraqueza ou frio
funesto fato qualquer
à força
uma hora me finalize.

2 comentários:

Vitor de Araújo disse...

Alguém mais interpretou os 'efes' como eu?
O som de cada F contribui pra que a próxima palavra mantenha a música intermitente que vem do fogo. Ffff...fff...f...ff...ff... e as chamas queimam pra renascer a poeta.

Elimacuxi disse...

Vitor danado.
Chiiiiiii
beijo.