ignorei a cabrocha e violão,
dediquei meu pensamento
para as estrelas do mar...
que mais ordenas poeta
para assim me condenar?
triste é o amor que não se doa
guardado no peito, feito infiltração
age como a maresia
cumprindo no dia a dia
seu trabalho de erosão.
espalham-se por aí
amores doentes de vingança
que gritam, choram, esperneiam
crianças mimadas
fingem querer
sem querer mais nada.
na ruína de meu castro
finco da paixão o mastro
com todo ardor que me apraz:
assim eu mantenho a cor
do tanto porque me dano,
se não me engano já te disse
o transborde do meu amar
é o meu plano de paz.
que seja, siga-se a vida
andando faço o caminho
esteja a carne maturada
assim como o desejo,
o queijo
e bom vinho.
*Para Roberto Mibielli
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