Da consumação da ausência anunciada,
cento e vinte dias passados.
Vida que voa e quando eu a via indo,
em ti fui toda desesperança.
outrora.
O agora
presente convertendo-se em passado,
futuro em presente,
e outrora
ah, a vida que tivemos!
refiro-me a ela como uma amiga querida
muito conhecida
distante e feliz
uma linda e distante conhecida...
- naquela despedida
senti como se minha própria vida
estivesse indo um pouco pra longe de mim -
E se foram ligeiras as horas.
Por ora
tenho paciência comigo
com essa cara de quem quer abrigo
refletindo sóbria e solitária embriaguês
por ora
boto os travesseiros no sol e faço votos
de que o sol ignore o mar noturno
e nasça de novo.
por ora
sorrio, bebo, brinco
celebro a vida que ficou e essa saudade nova
invencível,
imortal!
Essa saudade nova que nem lápide com poema
nem beijo de morena
nem chocolate
nem cinema
podem apagar de vez.
"Uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente de vida cotidiana." (Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ed. Saão Paulo: Perspectiva, 2007)
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.
De todos os brinquedos que a vida me deu, o que mais me cativou foi o de jogar com as palavras. O jogo se faz completo quando escrevo e alguém replica, quando replico o que escrevem... É na intenção de reunir jogadores e assistência, que meu blog é feito.
Um comentário:
Eli, estou lendo sua dissertação. É muito boa, parabéns! Está muito interessante, muito bem escrita.
Postar um comentário