sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Placidez

O sol morre e renasce, reverente,
à paixão com que queimamos nossa noite
tua pele toca a minha lentamente
e fogo brando nos consome num açoite...

Com a língua lavo as letras tatuadas
em teu corpo rijo e solto de menino
nossas bocas foram desenhando estradas
onde apenas o prazer foi peregrino.

Fortalece-me essa juventude tua
debruçada sobre a minha carne crua
nua e livre de pudor e de maldade:

nos amamos até que surgisse o dia
estudantes de nossa anatomia
e rendidos ao desejo que nos arde.

PS:
Essa ânsia que, há tempos, meu amigo,
já nos enche dessa sede e dessa fome,
é doçura, e saciada, vira abrigo
nos unindo sob um céu que tem teu nome.

10 comentários:

  1. ;) Belíssimo!!

    Parabéns pelo talento!!

    Adoreiiiii

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  2. As vezes me perco com as palavras, mas adorei o poema :))

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  3. Sem exagero nenhum me lembrou trechos do texto do João Ubaldo Ribeiro na casa dos budas ditosos. Tá ótimo!

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  4. Como sempre devora tudo e ao mesmo tempo nada... vc encanta com suas palavras! Adoro quando fala atravez dos seus poemas... sinto mais vc assim! Minha Bela... so vc msm!

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  5. Qualquer palavra de amor não diz tudo que quer dizer.
    Minha placidez é completa quando essa tua energia transborda pra minha pele marcada.
    Amo-te

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  6. Quanta doçura e quanto fogo.
    Quero esses versos pra mim também.



    Uma semana cheia de paz pra ti, Eli!

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  7. Que a semana seja plácida para todos nós, Agda.
    Quem arrasa é quem me inspira, e você bem conhece, dona Cora.
    Paulo... abafa.
    Alcemir, Maíra e Larisse: muito obrigada queridos...

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  8. ah! e Plácido... amor é palavra bastante, por enquanto.

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