quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Novo ano...

Foram 113 poemas no ano passado. 85 seguidores cadastrados, muitos outros visitando. Chegando à casa das 10 mil visualizações. Num blog de poesia, feito por uma poeta sem grandes pretensões, que fugiu de São Paulo para viver no mais recôndito e extremo norte, isso é considerável.
Em 2012, o blog vai continuar. No ritmo que o mundo mandar, o mundo do meu coração, que rege as minhas palavras. Agradeço a cada um que veio aqui, que comentou, que clicou dando sua opinião, que sugeriu temas, etc. Já começo pedindo desculpa a quem pediu um poema de ano novo... por mais que eu tente, ainda nesse dia 04, tudo me parece muito igual...
Abraço a todos, feliz 2012!



ANO NOVO

Eu, poeta do XIX
embriagada de luz e poesia 
sinto a energia que me dedicas
quando inicia esse dia...

Mas é fato que ando
envolta em medo
e a causa não é outra,
não é segredo: 
a outro meu coração tem pertencido.

Sei que é um outro 
que me presenteia
com ausência,
negligência,
e outras formas de dor
diversas.

Ainda assim,
querubim,
não haverá novo ensaio
antes que feneça
esta antiga peça...


5 comentários:

  1. Feliz ano novo Eli.

    Não da pra questionar que a um ano atrás o mundo era outro. Mas mesmo que tenhamos percebido isso ainda fica difícil perceber que estamos em um ano novo, principalmente por que isso é um conceito e para fazermos parte disso precisamos estar envolvidos com as ideias desse conceito. Acho que era isso que meu pai falava.

    'Anyway', querendo ou não, o ano acabou. Estamos em algo novo, mesmo que ainda não tenhamos sentido isso. Mas esse momento vai chegar, provavelmente depois do carnava, como de praxe.

    Abraço e um feliz fim do mundo para você! XD

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  2. É Thiago... tens razão. O que se deve renovar é o que carregamos no peito e é exatamente o que tenho dito aqui... Meu mundo e meu tempo, na poesia, seguem outras convenções. Por isso o ano ainda não se renova. Feliz fim de mundo pra nós!

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  3. não sei porquê... mas lembro-me do ano passado como se fosse ontem, é como aquele efeito de idade nova, de vida nova, e nesse vai e vem de vida o que se cabe é que a gente se adapta.

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  4. Todo ano ele começava
    o ano indo ao proctologista
    e endocrinologicamente
    não havia o que reprovar
    nas suas resoluções
    mas sempre havia um inimigo novo
    para um antigo caso de ficção
    científica que alguem
    inventara num bar
    ou uma fofoca eletrônica
    com a qual lidar perigosamente

    Todo ano ele punha os óculos
    com um grau mais aumentado
    e tentava do passado
    ver o novo chegando inutilmente
    já não se fingia assustado
    com a idade que tinha
    nem com os fantasmas
    dos amigos mortos
    não havia amores novos
    a fome ainda tinha muitos zeros
    não havia a paz mundial
    e tudo só recomeçava
    depois do carnaval

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  5. triste, né Mibi? Eu ando preferindo cegueira...

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