domingo, 8 de janeiro de 2012

Manaus de novo

for Jam

Aprecio
quem se joga
se entrega
voa, se doa,
arde, pede
e corre atrás.
Aqueles para quem a margem
nunca é suficiente:
aprecio quem se afoga
de forma furiosa
e inconsequente.

Me incomoda,
me incomoda severamente,
o burocrata
e suas paixões organizadas em gavetinhas
enclausuradas em dias certos
feito folhinhas.

Aprecio o amor às dez da manhã da segunda-feira
o beijo de língua na fila do banco
o amor sem hora
sem eira nem beira:
que voa baixo 800 kilômetros
e é manco.





5 comentários:

  1. ''Iniciar...
    Pá, cimento, água e cal.
    Vou já... vou já enterarrar.
    E eu minto... minto muito mal.
    Diante de tal tropeço,
    será que eu mereço...
    Recomeçar?''
    Abraço, Monique.

    ResponderExcluir
  2. Monique, me lembrou Legião: celebrar com festa, velório e caixão...

    ResponderExcluir
  3. "Tá" é o que eu posso falar
    De que adianta começar essa história
    Dizer por dizer
    E talvez até (quem sabe?) reclamar

    Não sei se aprecia apenas por querer
    Talvez um dia sentir o que
    De alguma forma
    Você insiste em temer

    Que seja de amor às dez
    Ou de jogadas e voltas
    Eu vejo, no fim
    Apenas caminhos... sem respostas

    De nada adianta querer falar
    Essas frases repetidas
    Suas dores rasas
    Não me abrem feridas

    ResponderExcluir
  4. ah, quantas palavras severas
    ela pode me dizer
    já eu que fugi deveras
    de seu toque e seu prazer.
    ah, não fosse esse tal senso
    agudo de ética profissional
    eu teria dito à menina:
    'tá','ok', 'não faz mal'.

    O que a saturnal menina
    talvez não creia - e eu deixo,
    é que paixão me queima de fato
    é que paixão me tira do eixo.

    Lamento as decepções:
    por ela, não ruflei asas...
    mas isso, menina, não fez
    das minhas paixões
    ardências mais rasas!

    ResponderExcluir
  5. ''Venho de novo e desafio a conta,
    quem sabe ela encontra...
    Mas é que eu não entendo... ser tão amada não, quero o fisco, de cobrar no teu confisco e pegar minha atribuição.
    Venho e faço de conta,
    que sou do contra.
    Mas é que eu não prentendo... ser tão decadente não, quero por isso, sussurrar no teu ouvido e chamar tua atenção.
    Venho e laço a ponta,
    p'ra ver se ela monta.
    Mas é que o meu coração... é um ser carente, e não menos por isso... vem derramar no teu abrigo e desalentar a minha triste solidão.''

    de um silêncio e outrás cositas más...

    ResponderExcluir

Diga o que pensou, o que sentiu, se concorda ou não... DIGA ALGUMA COISA!