Ingredientes vários
homogeneamente diluídos
em úmidas e frias
cavidades virtuais:
Escancaramos ousadias e medos
invariáveis desvarios
ataques de consciência.
Buscar o cavalo
a galope aberto
pisoteando
campos incertos.
Não há mal em nosso mal...
é mel e sal nossa saliva
e a palavra
nossa diária lavra
é só o sangue a soluçar
na carne viva.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
carta pra tu
A saudade é flor de espinho,
harmonia em desalinho,
e desejo de mais viver.
Também sinto
- sempre sinto -
da boca em boca,
mão em mão,
suavidade de pele,
carinho que me revele,
do que foi
e não foi feito.
- da quenturinha no peito
e um sentido de conforto...
saudade, amor,
só não sente
quem é morto...
harmonia em desalinho,
e desejo de mais viver.
Também sinto
- sempre sinto -
da boca em boca,
mão em mão,
suavidade de pele,
carinho que me revele,
do que foi
e não foi feito.
- da quenturinha no peito
e um sentido de conforto...
saudade, amor,
só não sente
quem é morto...
terça-feira, 15 de junho de 2010
Poetas
Poetas não dizem verdades
Nem mentiras
Jogam com as palavras
Suas frustrações e iras.
Poetas dizem o universo.
Por vezes se escondem nos versos.
Por vezes se dizem perversos.
Por vezes se perdem, dispersos...
Poetas são tolos que pensam
Que criam o mundo com as mãos.
Tal como o calor aos ventos
Criam e acirram sentimentos
Que vão da alegria à mágoa.
Calam cores e sabores
Se temperam de amores
E fazem de suas dores
Calmaria em copo d’água.
E quando se desconhecem
Cometem loucos deslizes
Acreditam no que escrevem
Se fazem tão infelizes.
Unir versos de poetas...
Pura manipulação:
Fazer da vida concreta
Poema, contradição.