A saudade é flor de espinho,
harmonia em desalinho,
e desejo de mais viver.
Também sinto
- sempre sinto -
da boca em boca,
mão em mão,
suavidade de pele,
carinho que me revele,
do que foi
e não foi feito.
- da quenturinha no peito
e um sentido de conforto...
saudade, amor,
só não sente
quem é morto...
na saudade alheia, não se mete a colher... Mas sua manhã gelada me intrigou. Vc está em Sampa?
ResponderExcluirSeu poema está lindo, embora o tema seja um tanto "batido", neste poema você realiza a saudade na própria pele do que foi e do que não foi feito e isso é muito lindo, mais que uma saudade etérea ou virtual, é vida, é presença. Um beijo em ambos, Mibi
Miba
ResponderExcluirTens razão, o tema é batido, mas lá meu peito liga pra isso? Eu deveria ter nascido no XVIII, mas qual! O legal é saber que essa minha saudade em específico é vento que venta em ares insuspeitos, uma fuga pro passado que se mantém em aberto... daí a saudade do que não foi feito, que declarada vira um pedido, não?