Poetas não dizem verdades
Nem mentiras
Jogam com as palavras
Suas frustrações e iras.
Poetas dizem o universo.
Por vezes se escondem nos versos.
Por vezes se dizem perversos.
Por vezes se perdem, dispersos...
Poetas são tolos que pensam
Que criam o mundo com as mãos.
Tal como o calor aos ventos
Criam e acirram sentimentos
Que vão da alegria à mágoa.
Calam cores e sabores
Se temperam de amores
E fazem de suas dores
Calmaria em copo d’água.
E quando se desconhecem
Cometem loucos deslizes
Acreditam no que escrevem
Se fazem tão infelizes.
Unir versos de poetas...
Pura manipulação:
Fazer da vida concreta
Poema, contradição.
Perfeito. Sério. Compoesi esse...
ResponderExcluirBeijo
Pusta queos parau!!! Fala sério!!! Muito Bom!!! "Calmaria em copo d'água" é um daqueles raros versos que eu queria ter feito. Ser um tolo que cria o mundo com as mãos é divinamente (auto)patetopoético e "fazer da vida concreta Poema, contradição" é a essência de nossa avançada e incurável tolice. Um beijo para você eseu lindo poema. Mibi
ResponderExcluirEnsaio
ResponderExcluirTolo
Tolo
Tolo
Tolo
Tolo
Tolo
tolo
Tolo
Tolo
Tolo eu rimo
Tolo arrimo
Tolo mimo
Um poeta tenta exaustivamente
Dessignificar
o seu destino
Sarar magos
ResponderExcluirEu tentaria
Sarar magros
Da euforia
Saram egos
Nessa apatia?
Saraus magros
Eu não queria!
(BV, 18/06/2010)
Yuri, você é doce... obrigada. Mas Miba tem razão, é autopatetopoético de fato. É um rir do que nos é arrimo, nossa tolice que chega a ser poetopatológica. Também lamento os saraus magros, a falta de vontade de olhar pra dentro de si e dos outros. Odeio a ausência do lúdico da fala na escrita, e as falas e escritas embaladas pela seta do nosso tempo, que "não se pode perder".
ResponderExcluirBeijos tolos e sem sentido pros dois!