sábado, 11 de abril de 2015

Era uma enxurrada descendo a ladeira. E eu uma menina ilhada na calçada. Deixei que me molhasse e assim, quando dei por mim, estava casada: Para sempre. 
Ela é ciumenta. Fica amuada quando não a procuro, quer que eu a beije toda, todo dia, virgem Maria! como é dengosa. E não me dá prosa sempre que eu quero... Hoje não veio. Com uma lua dessas? Acerto em cheio que está vagando, fresca e vadia, noutras paragens. 
Ela é meu guia de viagens. Quem me consola quando angustia. Minha esposa. Poesia.

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