quinta-feira, 1 de maio de 2014

Mas já é maio...

Abriu-se em mim uma vaga
e um espaço de silêncio
abriu-se o vão do desprezo
abriu-se a visão do nada
abril, não partes ileso:
abriu-me pr'outra jornada.

Eu vejo a corda esticada
forca do abril que me cala
no abrupto fim de um brado.

De saudade já me cubro
abrigo o abraço não dado
na memória de um outubro.

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