vermelhos e verdes
negros retintos
e aquela amarela
breve luz de uma vela
para Jorge, o guerreiro
o mago
com a radiola em controle
me enfeitiçava manipulando sua prole:
elevava compassadas
repetidas,
as notas que invadiam todos os cantos
e eu, embriagada pela fé que em mim se inserta,
no amor, que manifesto, a tudo altera,
vi que o mundo se movia lentamente
vi assim o despertar de uma quimera
provocando-me um intenso desapego:
provocando-me um intenso desapego:
o meu corpo, separado de seus prantos
foi despido de seus demônios e santos
puro encanto e alimento para o ego
puro encanto e alimento para o ego
transe
de suor banhada
a pele empretecida por dentro
não me impressionara mais
que as retinas e ouvidos cheios:
meio demente
sempre, do que há no mundo
me fiz recipiente
era para Jah
que soavam os cantos
e eu, entregando a alma
mantive a calma
ainda que desejasse
com toda a força
que fosse pra sempre cedo
e que praquele suave degredo
o fim não viesse
jamais.
Durante a negra noite os tambores da ilha tocam, cantam, encantam, enfeitiçam tudo e todos. Eles reafirmam a outrora magia de nossos ancestrais: quem bebe desta água sempre voltarás!
ResponderExcluirPortanto, te espero amiga. ;-)