quinta-feira, 13 de março de 2014

porque eu quis

porque era azul e não desbotava
porque foi surpresa em gesto e gosto
porque estava à espera quando eu 
desesperava
porque de juventude me cobriu o rosto
porque seguia adiante quando eu não podia
porque chorou meu pranto e riu minha alegria
porque compartilhou um átimo da vida...

porque desacatou todos meus receios
sem, contudo, meter-me freios
foi que eu o internei, sem mais rodeios 
sob o esquerdo de meus rijos seios
e que ignoro essa pergunta ardida.


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