sábado, 25 de janeiro de 2014

Paulistana


Você me assombra ainda
me batuca
confusa musa.

Seu som eterno
de rádio e carro
gente agitada
cimento e barro
grande e diversa
doce e perversa,
tão tensa e terna
és luz e breu:
tão tu, tão eu.

Longe de ti
me sinto mais tua
sutil desconforto
meu mar sem porto...

Fugi de você,
e seu trato cruento
mas você veio, enfim,
comigo e contra mim
pulsando por dentro.







4 comentários:

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  2. Baobás de cimento
    No teu concreto leito
    Efeito gris no teu traçado
    Meio engraçado
    De quem cresceu
    Desengonçado da Paulista
    Pra lá

    Veias italianas injetadas
    de nipônicas verdades

    saudades dos teus becos
    infames dos teus games
    tilintando pimball
    para o bem ou para o sal
    de quem se virou

    mas tu cidade sem fim
    tens tantas veredas e mim
    que isso me transformou

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  3. Sampa pra mim, é o sanduiche de pernil do bar do Estadão (que bão) e o repolho do sujinho, (nosso Oasis) da rua da consolação, na volta do Bexiga, nas madrugadas sem buzão, eu, com os olhos atravessados de tanta pinga com mel ou tortos de se fitarem em demasia nos espelhos do Persona. É também O Avenida, na Av. Ipiranga onde para se dançar bastava picotar o cartão de uma dama. Madame Zen

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