sábado, 3 de novembro de 2012

do dia dos mortos

minhas entranhas
absurdamente estranham
o que a imginação descerra:
a imagem da carne amada
desmanchada
numa caixa de madeira sob a terra.

é por isso que ao dois ignoro
se puder, sequer me lembro:
indo direto do primeiro
para o três de novembro.



3 comentários:

  1. Já se me foram as horas
    De chorar pelo teu retorno
    Já se me foi o contorno
    Dos teus olhos tristes e claros
    Já me ficaram tão raros
    Os espasmos de dor e sofrimento
    Só me quedou o lamento
    Em cada palavra que lembro
    A cada dois de novembro
    Do que disseram sobre seus sonhos
    E devaneios

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  2. Vim direto aqui sabendo q tinha poema novo, Eli. Lindo, como sempre. Mas meu pulo eh maior q teu: prefiro soh voltar a existir no dia 7. Bjo grande, lindona. Saudade. Mi

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  3. Ao ler "entranhas" e "carne amada" veio-me à lembrança Augusto dos Anjos. Gostei bastante do poema, e bastante de ter lembrado - através da tua arte, Eli-, de um dos poetas que me são mais caros.

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