amanheci cansada
de todas as caras onde me abrigo
espalhadas como o campo
que o espantalho do espelho mira
hoje não haverá amigo velho
que dilua do dia esse gosto acentuado
de que vida voa e a morte espera
hoje acordei uma fera
com meus digeridos versos-rascunho
arquivados de próprio punho num autoimposto
sufoco.
hoje todo mal é pouco
porque o sol é louco
a pele está sensível
e a carne do coração
maturada.
Hoje é piada errada
porque, de mim,
amanheci cansada.
Só vi agora, mas por incrível que pareça, amanheci e estou anoitecendo com um fastio danado de mim.
ResponderExcluirAmanda
Vulga ressaca poética...
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